Voluntário Legal, amor e tempo doado a quem precisa
Cinco servidoras da Casa de Leis falaram um pouco sobre o voluntariado exercido por cada uma

O tema do Sextou na Alems desta sexta-feira (6) foi o voluntariado. Realizado pela Escola do Legislativo Ramez Tebet, a partir das 10h, o evento ressaltou a importância de doar ao próximo, sempre que possível, tempo, afeto, carinho e amor, e doações materiais necessárias a todas as causas. Cinco servidoras da Casa de Leis falaram um pouco sobre o voluntariado exercido por cada uma. Cada depoimento traz a emoção de quem tem a capacidade de sentir a empatia e, na dor do outro, também encontrar caminhos para amenizar suas dores, solucionar seus problemas, e até perceber a verdadeira dimensão das próprias adversidades.

Jaqueline Vital abordou a experiência em unidades para acolhimento de bebês e crianças. “Realizamos três festas anuais e é maravilhoso ver a felicidade nos olhos deles, que aguardam uma adoção, mas o sistema do direito de família é muito moroso no País”, informou. Já Lígida dos Santos realiza um trabalho junto aos animais abandonados. “O voluntariado já é diretamente ligado à minha história com a Assembleia Legislativa, desde o primeiro prédio eu recebia os sem-teto para tomar café no prédio. Atualmente o que me preocupa é o abandono de animais, que agora pela mudança na legislação é considerado um bebê de quatro patas, por isso, depois do tratamento realizado para recuperar as diversas doenças nos animais abandonados, não falamos em doação de animais, e sim em adoção”, destacou.

Mara Rúbia Benites está agora a frente do Espaço Integrar, que acolhe jovens e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em seus diversos graus. “O autismo não tem cura, é um transtorno no desenvolvimento do cérebro, e maioria das pessoas não compreende. Este espaço os atende sem julgamentos e preconceitos”, relatou. Ligada aos serviços voluntários desde pequena, pela atuação dos pais católicos em diversas frentes, Nadir Salete agora participa de um grupo denominado Espaço de Convivência Esperança, da Associação do Centro de Terapias Integrativas e Complementares André Luiz. “Vimos a necessidade, além da evangelização e doação de cestas às famílias, e fazer as terapias integrativas, pois eles moram próximos ao aterro sanitário e desenvolvem diversos tipos de enfermidades. Somos apenas a ponte, quem faz a caridade é quem põe a mão no bolso”, ressaltou.

A última servidora a falar de sua experiência está expandindo um programa que começou em Joinville, Santa Catarina (SC), em Campo Grande. “Estava deprimida e desmotivada quando decidi ajudar essa causa de prática de corridas de ruas para conduzir os que necessitam em triciclos adaptados. É incrível a proporção que o pernas solidárias tomou. São histórias de luta dessas famílias que só querem inclusão, só aí percebi a insignificância dos meus problemas. Que consigamos levar amor a todos os lugares, pois tudo é possível quando se tem boa vontade”, disse.