Iniciam as palestras do VIII Encontro Nacional da ABEL em Santa Catarina

Começou nesta quarta-feira (9), o ciclo de palestras do “VIII Encontro da Associação Brasileira das Escolas do Legislativo (ABEL)”. Evento nacional que tem como anfitriã a Escola do Legislativo de Santa Catarina, órgão da Assembléia Legislativa, reúne 61 inscritos de 33 instituições associadas a ABEL, entre Escolas do Legislativo, Senado e Câmara Federal, Tribunal de Contas da União, Institutos dos Tribunais de Contas Estaduais e Câmaras de Vereadores, totalizando 21 estados representados.

A abertura dos trabalhos foi de responsabilidade do presidente da ABEL, Florian Augusto Madruga e da coordenadora da Escola catarinense, Carla Maria Vieira Pedrozo. A primeira palestra do dia foi sobre o tema “Modernização de uma Casa Legislativa”, com o Dr. José Alexandre Lima Gazineo, diretor geral adjunto do Senado Federal. Gazineo explicou que o Senado trabalha em quatro vetores principais para alcançar a modernização: política de informação interna ao parlamentar; política de comunicação; política de treinamento e investimento em tecnologia. Além destes fatores, “é preciso modernizar o espírito das Casas Legislativas”, enfatizou.

O consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Ricardo Martins, falando sobre o tema “As Dimensões do Processo Pedagógico no Contexto das Escolas do Legislativo”, enfatizou que a educação é matéria prima da sociedade e o caminho mais curto para que as Escolas do Legislativo tenham êxito na sua função pedagógica é primordial apostar na educação continuada, pois ações desta natureza têm mais sucesso e credibilidade. Além disso, explicou Martins, é preciso usar criatividade pois modelos prontos nem sempre nos atendem, principalmente nas Escolas do Legislativo. “O ciclo do processo pedagógico fecha com avaliações constantes”, finalizou.

Na terceira palestra do dia, Ruth Schmitz de Castro, coordenadora pedagógica da Escola do Legislativo de Minas Gerais, falou sobre o tema “A função pedagógica do Parlamento”. A palestrante fez uma abordagem sobre “a sociedade do conhecimento”, apontando a desterritorialização do conhecimento; a desestabilização do conhecimento que se tornou fluído, dinâmico e variável; a multiplicação de agentes produtores e difusores de conhecimento; a ampliação dos espaços de educar (a educação sai da escola formal) e a necessidade de dar a todos o acesso ao saber, como fatores que ajudam o Parlamento a pensar na sua função pedagógica. \"Assim, foi preciso criar um espaço de troca, de construção, de aprendizagem, de informação e que não fosse de tomada de decisão e nem de deliberação. Este é o papel da Escola do Legislativo. Na verdade, a Escola do Legislativo é um espaço de transformação dentro do Parlamento, onde o fazer e o pensar tem o mesmo valor”, afirmou Castro.

Durante o dia de hoje também aconteceu uma Mesa com a presença dos representantes da Associação Brasileira das Escolas do Legislativo (ABEL) e do Programa Interlegis, do Senado Federal, objetivando a criação de um “comitê gestor” para acompanhar e uniformizar as ações do Interlegis voltadas à qualificação das associadas da ABEL, formando assim, uma comunidade da educação do Poder Legislativo.

O “VIII Encontro da Associação Brasileira das Escolas do Legislativo (ABEL)” continua até amanhã (10), no Majestic Palace Hotel (Florianópolis). A organização é da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, por intermédio da Escola do Legislativo, da Associação Brasileira das Escolas do Legislativo (ABEL) com o apoio do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), Florianópolis Conventions Visitors Bureau, Santur – órgão oficial de Turismo de SC e da Associação dos Funcionários da Alesc (Afalesc).