Garcete lembrou do apelo popular pela aprovação da lei, mas disse que a publicação no mês de junho de um ano eleitoral criou uma insegurança jurídica.
\"Não se pode ter um estado de insegurança numa lei. Tudo começou errado. A primeira falha foi a publicação no mês de junho de ano de eleição\", disse.
O juiz de Direito lembrou que para o STF o artigo 16 da Constituição Federal, que fala do princípio da anualidade ou anterioridade, é uma cláusula pétria, imexível.
Carlos Alberto Garcete de Almeida afirmou que a discussão sobre a aplicabilidade retroativa da lei está encerrada com a decisão do STF.
Na semana passada, os ministros do STF decidiram que a Ficha Limpa não deve ser aplicada às eleições de 2010. O voto decisivo foi do ministro Luiz Fux, entendendo que mesmo a melhor das leis não pode ser aplicada contra a Constituição.
Com um ministro a menos, a votação estava empatada em 5 x 5. Os ministros avaliavam recurso do candidato a deputado estadual em Minas Gerais, Leonídio Correa Bouças, que teve seu registro negado com base nessa lei.
Em decisão preliminar, os ministros já haviam concordado que a decisão, sobre a inaplicabilidade da lei para 2010, teria repercussão geral, se aplicando a todos os demais recursos que versam sobre a lei.
O próximo palestrante do Seminário de Vereadores, que acontece até amanhã na Assembleia Legislativa, é o advogado André Luiz Borges Netto, membro do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral). A palestra será sobre inegibilidade. O início da palestra está marcado para às 15h45 desta quinta-feira.
Fonte: Paulo Fernandes - Portal AL/MS
Foto: Roberto Higa - AL/MS