Simone Tebet fala sobre possibilidades de investimentos em MS
Primeira palestrante da 10ª edição do Seminário de Vereadores de Mato Grosso do Sul, que foi aberto nesta manhã na Assembleia Legislativa, a vice-governadora do Estado, Simone Tebet, ocupou a tribuna para falar sobre as possibilidades de investimentos no território sul-mato-grossense. Por meio de slides, ela fez um panorama geral da situação econômica e financeira de MS com base em dados de 2012. Simone começou a palestra falando a respeito do perfil de Mato Grosso do Sul, que possui território de 357.124,96 km², população de 2.587.267 habitantes, é formado por 79 cidades e tem cinco universidades, 33 faculdades e 65 mil alunos. O PIB (Produto Interno Bruto) do Estado corresponde a R$ 50 bilhões. Por fazer divisa com os estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e possuir fronteira com a Bolívia e Paraguai, Mato Grosso do Sul apresenta localização estratégica em relação às unidades federadas. “Nosso Estado também tem um dos maiores aquíferos do mundo, o Aquífero Guarani”, ressaltou. Conforme Simone, a produção agrícola sul-mato-grossense corresponde a 3,2 milhões de hectares, caracterizada por 12,8 milhões de toneladas de grãos por ano. Segundo a vice-governadora, há 8 milhões de hectares de pastagens degradadas para serem recuperadas no Estado. Em relação às exportações, os principais produtos exportados por Mato Grosso do Sul são a soja e seus derivados (23%), açúcar (17,3%), bovinos (16,7%), madeira (11,6%), milho (10%), minério (8,3%) e aves e suínos (7,1%). Já a produção de etanol somou 2 bilhões/litros em 2011 e 2012; para 2015 a meta é 5,9 bilhões de litros. Sobre a evolução do PIB de Mato Grosso do Sul em bilhões, Simone Tebet declarou que o real atingiu 49,24 em 2011 e estima-se que em 2016 será de 86,45. A taxa de crescimento nos anos de 2010 e 2011, segundo ela, foi de 3,86%. Ainda de acordo com a vice-governadora, a composição do PIB de Mato Grosso do Sul em 2011 totalizou R$ 49,24 bilhões. Desse valor, 14,04% corresponderam à agropecuária, 22,82% à indústria e 63,14% ao comércio e serviços. O PIB acumulado entre 2007 e 2011 foi de R$ 31,72 bilhões. Segundo Simone, Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 6 bilhões de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 2012, apresentando uma média mensal de R$ 500,5 milhões. Já em relação ao coeficiente atual de distribuição do FPE (Fundo de Participação dos Estados), o Estado amarga como um dos últimos, tendo recebido apenas 1,33% - a Bahia, por exemplo, recebeu 9,40%. Investimentos - Simone destacou que os programas MS Forte e MS Forte 2, idealizados pelo governador André Puccinelli, garantiram investimentos de R$ 3 bilhões e R$ 3,6 bilhões, respectivamente, para Mato Grosso do Sul. O MS Forte 2, por exemplo, injetou R$ 1,44 bilhão em desenvolvimento social, R$ 706 milhões em produção e desenvolvimento sustentável e R$ 1,48 bilhão em infraestrutura e logística. Por meio do programa, a área da educação apresentou conquistas inéditas, como ampliação de laboratórios, compra de 15 mil tablets, 50 ônibus escolares e construção de 11 novas escolas. Já a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) passou a contar com investimentos de R$ 53,5 milhões. Já para a saúde os repasses aumentaram em 450%, de acordo com Simone. Foram repassados R$ 100 milhões às prefeituras, concluídos e equipados os hospitais de Coxim, Nova Andradina, Chapadão do Sul e Fátima do Sul, além da compra de equipamentos no valor de R$ 30 milhões para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Cem mil famílias foram atendidas nos programas sociais do governo do Estado e na área da habitação, 58,9 mil casas foram construídas. Para este ano a previsão é de que mais 10 mil unidades sejam terminadas. Os investimentos totalizaram R$ 1,8 bilhão. Na segurança pública, o governo adquiriu 1.547 novas viaturas, além de armamentos e equipamentos. Foram construídas três sedes para os bombeiros e Mato Grosso do Sul, até 2012, ocupava o oitavo lugar no ranking de estados mais seguros. Através do MS Forte, foram providenciados 756,8 km de asfalto novo, 807,6 km de recapeamento e 81,8 km em acessos urbanos e contornos nas rodovias estaduais. Já pelo MS Forte 2, houve construção de 821,348 km de asfalto novo, 809,78 km de recapeamento e 25,427 km em acessos urbanos e contornos. Na área do saneamento, o governo investiu mais de R$ 299,4 milhões em água e esgoto. Até o fim do mandato deste governo, Três Lagoas contará com saneamento em 97% da cidade, Ponta Porã com 95%, Dourados com 85% e Corumbá com 80%. Impostos por empregos - Durante os oito anos do atual governo, os incentivos foram responsáveis por atrair 252 empresas, fator que gerou 90 mil novos empregos. Os investimentos somaram R$ 29,5 bilhões. A vice-governadora frisou que o governo do Estado tem oferecido uma série de incentivos e benefícios fiscais para que empresas industriais se instalem em Mato Grosso do Sul, como: concessão de áreas com infraestrutura básica, redução e diferimento de impostos estaduais e municipais em diversas áreas industriais, capacitação e treinamento de mão de obra, além do apoio institucional para financiamentos de médio e longo prazo, através do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), BNDES (Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), dentre outros. O FCO financia até R$ 200 milhões por grupo econômico Em 2012, os recursos totalizaram R$ 1,6 bilhão. Pelos incentivos, indústrias como Fibria e Eldorado Brasil (celulose) e Sitrel (siderurgia) puderam se instalar em Mato Grosso do Sul, que também conta hoje com 14 usinas de álcool e açúcar. A fábrica de fertilizantes da Petrobras, instalada em Três Lagoas, deve começar a produzir a partir deste ano 1,21 milhão de tonelada por ano de ureia e 81 mil toneladas por ano de amônia. “Por trás de cada vitória e de cada número positivo que reflete a atual situação econômica de Mato Grosso do Sul, estão a coragem, o trabalho e a crença de nossa gente em nossa terra. Somos todos nós, sul-mato-grossenses, os verdadeiros responsáveis ontem, hoje e sempre, pelo desenvolvimento econômico e social de nosso Estado”, finalizou Simone. Por: João Humberto - Portal AL/MS Foto: Giuliano Lopes - AL/MS